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As Promessas de Deus

As Promessas de Deus

As promessas de Deus são atos de sua suprema autoridade, para cumprir seus soberanos propósitos. Elas não são receitas mágicas que o homem, a seu bel-prazer, lança mão em situações particulares para exigir, decretar ou determinar que as coisas aconteçam a seu modo. Ao contrário, elas estão inseridas no amplo contexto dos propósitos de Deus para a vida humana. Isto significa que devemos compreendê-las sob a perspectiva do cumprimento desses propósitos em nossas vidas, e não para atender os desejos do nosso egoísmo.

Nm 23.19; Jr 29.11-13; 2 Co 1.20; Fp 2.13

 

 

I. ENTENDENDO A SOBERANIA DE DEUS

1. Deus é soberano em seus atributos. Os atributos de Deus são imprescindíveis para o conhecimento de seu caráter. Quando os estudamos, descobrimos que o Eterno é um ser Pessoal e Soberano, e que alguns de seus atributos como onipotência, onipresença, onisciência, eternidade, imutabilidade e perfeição são exclusivos e intransferíveis (Sl 139.1-24; Jr 23.23,24). Em relação aos atributos morais, como o amor, a verdade e a justiça, aprendemos que Ele amorosamente partilha conosco, sabendo-se que só nEle essas qualidades (e todas as demais) subsistem em plenitude.

A excelsa soberania de Deus é uma marca exclusiva de sua Pessoa como o Criador do Universo, que mantém todas as coisas sob o seu absoluto querer e controle, conduzindo a história para que o propósito final da criação do homem se cumpra na consumação dos séculos (Is 45.21; 46.10; Sl 33.11; 1 Co 15.28; Ap 22.3-5).

2. Deus é soberano em sua vontade. A despeito de haver da parte humana e do próprio Diabo tentativas de frustrar os planos de Deus, a vontade do Altíssimo é soberana e predisposta para que as coisas aconteçam do modo como Ele determinou. Nada é capaz de mudá-lo ou conduzi-lo ao fracasso, pois o Senhor é Todo-Poderoso em tudo o que em sua presciência diz e estabelece (Sl 33.11; Nm 23.19; Hb 13.8).

Cristo, ao tomar a forma humana, humilhou-se, abrindo mão de sua glória para expiar nossas culpas (Fp 2.5-11). Ao restringir-se da glória divina na sua encarnação, Cristo deu forma ao Cordeiro, previsto pela soberana vontade de Deus (Ap 13.8), cumprindo-se assim a primeira promessa feita aos pais da raça humana (Gn 3.15). Ler também 1 Pe 1.19,20; 2 Tm 1.9; Jo 1.14; 17.5.

3. Deus é soberano em sua ação. Filipenses 2.13 afirma que o Senhor opera em nós o seu querer, isto é, a sua vontade. Esta é uma obra de sua bendita graça sobre as nossas vidas. Ela nos alcança e faz com que, voluntariamente, nos submetamos ao seu senhorio em todas as coisas. A palavra “operar”, no original, traz a ideia de uma ação continuada, permanente, produzida pela presença e ação do Espírito Santo em nós, que nos move e atrai para o centro da soberana vontade de Deus.

O mesmo texto diz que Deus também opera em nós o efetuar, ou seja, Ele é soberano em determinar que nossas ações reflitam o seu querer e resultem em glória para o seu nome de modo que tudo quanto fazemos sempre seja sob essa perspectiva (1 Co 10.31).

 

 

II. A SOBERANIA DE DEUS E A RESPONSABILIDADE HUMANA

1. Deus em sua soberania dotou o homem de livre-arbítrio. A soberania de Deus não exclui o livre-arbítrio do homem, dotado com a capacidade de fazer escolhas morais segundo a própria razão. Deus não poderia criá-lo como um ser autômato, para que, de modo fatalista, seguisse uma trajetória alienada sem o poder de decisão. Essa liberdade de escolha aparece já nos primórdios de Gênesis, na aurora da raça humana, quando o primeiro casal dá ouvidos à serpente e comete por sua livre vontade a primeira transgressão contra Deus (Gn 3.1-13). Todavia, isso não significa que Deus ficou tolhido, limitado e escravo do homem para levar avante o seu plano. Nunca, na história bíblica, a desobediência humana, decorrente de escolhas erradas ou de atitudes contrárias, impediu que o plano de Deus se concretizasse, como se vê, por exemplo, na história da salvação (comp. Gn 38.6-26; 2 Sm 7.16-19,25; 11.1-27; Mt 2.1-6). Deus, pelo seu infinito e soberano poder, à luz de sua presciência, é capaz de prevalecer em todas essas situações, sem que um milímetro do seu propósito seja alterado (Is 48.9-15; 1 Co 11.28-31).

2. O homem em seu livre-arbítrio coopera com a soberania de Deus. O Senhor, em sua soberania, permite que o homem coopere na realização de seus propósitos sobre a terra pela sua livre decisão de levar o seu pensamento cativo aos pés de Cristo, mediante o poder da graça aplicado em sua vida pelo Espírito Santo (2 Co 10.5). Em Fp 2.12 está escrito: “... operai a vossa salvação com tremor e temor”. O verbo, aqui, denota a ideia de pôr em ação, exercitar, demonstrar a nossa salvação. Em outras palavras, a partir do momento em que fomos salvos, por Cristo, cabe-nos vivenciar perante todos a salvação e demonstrar os seus resultados na nossa vida a fim de que, em tudo, estejam implícitos tanto o “querer quanto o efetuar de Deus em nós” (Fp 2.13). É o que também se vê em Romanos 8.28: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”.

 

 

III. AS PROMESSAS DE DEUS E A SUA SOBERANIA

1. As promessas de Deus são um ato de sua soberania. As promessas de Deus registradas nas Escrituras funcionam, em qualquer situação, particular ou geral, como um parâmetro para medir se aquilo que estamos buscando é coerente com o que Deus de antemão prometeu em sua Palavra. O que não couber neste princípio é fruto do egoísmo humano; é para o deleite exclusivo da carne e não para a glória de Deus (Tg 4.1-3). Ver 1 João 5.14

2. As promessas de Deus cumprem o propósito de sua soberania. Quando Deus, por exemplo, disse a Israel: “Eu sou o Senhor que te sara” (Êx 15.26), houve antes algumas condições a serem observadas. Ele teve como propósito imediato manter o povo em perfeita saúde durante a vulnerável travessia do deserto. De igual modo, a promessa de cura divina para os dias de hoje não é um fim em si mesmo, mas cumpre o propósito de servir como sinal da manifestação de Deus, produzir saúde para que o seu propósito se cumpra na vida de cada um e trazer glória ao seu nome, para que todos confessem ainda hoje que Jesus é o Senhor (vv.11,12; Mc 16.1 7,1 8; Jo 9.1-7).

 

 

CONCLUSÃO

As promessas de Deus, portanto, não são meios para a promoção do homem, não encerram nenhum vislumbre de sensacionalismo, não são recursos para serem tomados aqui e ali ao gosto da vontade humana, mas estão soberanamente inseridas no contexto da história da salvação. Elas cumprem aquilo que Deus de antemão já designou em favor de seu povo, como é o caso da promessa de salvação, o nosso próximo assunto.

 

 

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Pr. Izidro OliveiraDiretor do IBADEBEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Izidro Milton é pastor da Assembleia de Deus de Brasília – ADEB, Diretor do IBADEB - Instituto Bíblico da Assembleia de Deus de Brasília e professor universitário. É Bacharel em Teologia e Graduado em Filosofia e Pedagogia. Pós-graduado em Ciências da Religião e Psicologia da Educação e Mestre em Ciências da Educação pela UEP/UFRN.

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